Fonte: O catequista
Saiu ontem na Globo News: uma pesquisa realizada pela Unifesp revelou que a maioria dos jovens brasileiros não se previne para evitar uma gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis.
Foram entrevistados mais de 3 mil jovens, com idade acima de 16 anos,
em quatro capitais brasileiras (São Paulo, Curitiba, Recife, Belo
Horizonte).
Na pesquisa, foi constatado que:
- 73% dos jovens acima de 16 anos não usaram nenhum método contraceptivo na primeira relação sexual;
- 54% dos entrevistados já tiveram relações no primeiro encontro;
- 84% têm filhos.
Na matéria, o Dr. José Bento, ginecologista, comentou esses “dados preocupantes”. Prestem MUITA ATENÇÃO no que ele disse:
- Nós não estamos conseguindo atingir a cabeça desses jovens. Nós precisamos pensar em campanhas diferentes, porque as que estão sendo veiculadas não estão adiantando.
Puxa, por que será que as campanhas não estão adiantando? Estranho, né…
Há décadas, a mídia vem martelando na cabeça dos jovens que a moral
sexual é coisa de gente retrógrada, que pode tudo, que “toda maneira de
amor vale a pena”, com quantas pessoas você quiser. Nas revistinhas de
voltadas para o público adolescente, 80% das páginas dão “dicas” de
sexo; nas novelas, namoro casto é coisa que praticamente não existe. A
pornografia está sendo aclamada no mundinho intelectualóide, e já virou
até “cult”.
O Dr. José Bento se disse “estarrecido” com as conclusões da pesquisa.
Ora, por quê? Diante da decadência moral, isso era mais do que esperado.
A sociedade orgulhosamente “racional”, “científica” e ateia, em poucos
anos, fez pó de toda a moralidade e decência que o cristianismo levou
séculos para consolidar. Eis aí o resultado…
Os governos e as ONGs gastam somas estratosféricas em campanhas com
resultados pífios ou nulos, tentando frear com os dedos um trem que está
descendo a ladeira, completamente desgovernado. Ensinaram aos jovens que o prazer e os desejos do corpo estão acima de tudo,
que “se reprimir” é algo mau. E ainda insistem na burrice de tentar
resolver essa miséria distribundo panfletos e balões coloridos,
tagarelando o mesmo papo pró-camisinha de sempre (que os jovens não usam
justamente para não terem “menos prazer”)! Ah, vá…
Em um programa de rádio, o professor de Ginecologia da Unifesp,
Afonso Nazário, disse que o adolescente, pela sua própria índole, tem
um “comportamento mais de risco, que pode tudo e nada acontece com ele”.
Segundo ele, talvez este seja um fator que explique os números
desastrosos da pesquisa. Ora, se é sabido que os adolescentes são um tanto inconsequentes por natureza, porque nenhum representante dos órgãos de saúde protesta quando a mídia os estimula a transar?
Dizer que eles podem transar à vontade, desde que se previnam
corretamente, é como dar uma tesoura na mão de uma criança, dizendo:
“você pode brincar, desde de que não fure o olho do seu amiguinho”. Aff…
Promiscuidade não combina com responsabilidade
Os jovens não estão escutando vocês, doutor? Sim, eles escutaram só a parte que lhes interessa, a da sacanagem desenfreada.
E, por mais que vocês tentem vincular isso a “responsabilidade”, não
cola, não vai colar nunca! Promiscuidade e responsabilidade até rimam,
mas, na prática, são valores opostos, que não se misturam. A mentalidade
promíscua é essencialmente egoísta, amante da loucura, da
inconsequência. A castidade, ao contrário, é o amor que se sacrifica,
que sabe esperar, pelo bem de si mesmo e do outro.
Arrancaram os jovens do coração da Igreja e plantaram em suas mentes o
ódio contra ela (e muitas vezes nós cristãos fomos omissos). Pois bem:
temos agora uma geração de jovens “livres” que só escutam e seguem os
seus próprios desejos e caprichos, e mais nada. São deuses e escravos de
si mesmos.
Qual é o caminho?
Não adianta simplesmente substituir o atual modelo de campanha bundalelê pelo estímulo à abstinência
(experiência que deu muito certo na Uganda e na Nigéria, por exemplo). É
preciso, acima de tudo, reconstruir uma as bases da civilização
ocidental: a FAMÍLIA.
De nada valerá ficar doutrinando os jovens pra manter os bilaus e
piriquitas dentro das calças, se a família está destroçada e se os pais
não são presentes em suas vidas. Mas aí o buraco é beeeeem mais embaixo…
Que o Beato João Paulo II, que tanto enfatizou a importância da família
tradicional, possa ajudar cada um de nós a construir uma família que
seja sal da terra e luz para o mundo. Dá uma força pra nóis aí, JP!
Se você ainda não leu, confira o nosso post: “Epidemia de AIDS: tem culpa eu?“.